Hoje quando cheguei da faculdade vi um passarinho no meu quintal, minha mãe disse que ele está lá desde ontem.
Como ele não estava voando, pensei que tivesse se machucado. Mas olhando direitinho, vi que ele estava perfeito.
Acho que ele estava perdido... Ou fugiu da gaiola. Não sei bem... Mas ele me fez pensar.
Quantas vezes já nos sentimos assim?
Tendo a liberdade em nossas mãos, a oportunidade de voar e deixar tudo o mais para trás, seguir nossos próprios caminhos, nos libertar de todos os cordões que nos prendem, seguir NOSSOS sonhos e não o de outra pessoa, mas simplesmente, por receio, não o fazemos e continuamos como estávamos...
Isso porque não há liberdade sem propósito e não há como sermos verdadeiramente livres sem deixarmos de lado algumas coisas, ou muitas coisas...
Às vezes até damos os primeiros passos, mas só o que conseguimos é chegar ao quintal do vizinho e nos vemos novamente presos, mas desta vez a nos mesmos. Temos medo do que nos espera lá fora. Temos medo de sair do nosso mundinho criado para o mundo real.
De nada adianta a liberdade sem um propósito.De nada adianta a liberdade se essa vontade de ser livre não sobrepujar todas as outras.
De nada adianta querer ser livre, mas não lutar pela liberdade.
De nada adianta a liberdade se ainda se mantém preso às frustrações passadas.
De nada adianta a liberdade se ainda se prende ao que era antes.
De nada adianta a liberdade sem o real desejo de SER LIVRE...
Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do amanhã. Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama. É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo. É desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção. Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a própria existencia e desvendar seus mistérios
Augusto Cury
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