sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Emoções ilusórias


Aprendi, não sei com, a adestrar minhas emoções. Elas se manifestam no lugar que tem que se manifestar. Ela aprenderam a atuar, e isso é bom. As vezes a tristeza e a depressão vem, dão uma assombradinha, mas logo veem que o lugar não é oportuno para elas se apoderarem de mim, então elas ficam caladinhas (ganham mais força) e esperam a sua deixa, que é quando eu chego em casa e me tranco no quarto, obviamente.


Eu sei que, como eu mesma disse, o melhor é não esconder as emoções. Pois assim elas ganham uma força intangível e é muito mais difícil se curar delas. Mas, eu não consigo!!!!!! E o incrível é que eu faço o mais difícil, eu sorrio quando quero chorar, abençoo quando eu quero amaldiçoar, brinco quando quero brigar, acarinho quando o que eu mais quero é matar... Tá, isso foi um pouco dramático, mas é desse jeitinho mesmo que as coisas são.
É como se eu arrancasse meu coração do meu peito, deixasse ele, destroçado do jeito que está, em casa, sangrando e doendo pra caramba, e depois voltasse e recolocasse ele no lugar. E sentisse mais dor que eu sentiria se eu não o tivesse renegado. Enquanto ele está "fora do meu peito" não dói e eu consigo fingir as emoções que quero. Mas com ele ali, latejando, é impossível!!
A minha verdadeira façe, meu verdadeiro eu, aquele sem a máscara ilusória a que eu me agarro com todas as minhas forças. Aquele que sofre quando tem que sofrer, sorri quando tem que sorrir, está em SILÊNCIO ABSOLUTO. E nada vai mudar isso. Nada vai fazer com que essa máscara caia antes de eu estar trancada em meu refúgio, com apenas a minha solidão para me encher a cabeça, sem qualquer um que me censure e me diga o quanto estou errada e o quão ingênua sou por acreditar na fantasia, no conto de fadas. Ou até mesmo acreditar que eu vou me curar desse amor ridículo.
Com apenas a mim como companhia eu posso acreditar no que eu quiser, posso acreditar que um dia eu vou esquecer aquilo que tanto me faz mal, posso acreditar que a vida é feliz e que eu vou ser feliz de novo e que eu vou amar de novo. Posso fazer o que eu quiser. Posso chorar se eu tiver vontade, sorrir quando me convier, gritar, enlouquecer, posso tudo. Pois não há ninguém para dizer se é o certo ou não. Não quero ninguém me dizendo como devo me sentir, quais emoções devo fingir, quais sentimentos devo ou não nutrir. Vou me sentir como eu quiser, vou fazer o que bem entender. EU POSSO ACREDITAR QUE SEREI FELIZ!

Pois, já que estou perdendo alguns momentinhos da vida fingindo felicidade, por que não enlouquecer quando me dá vontade?
E, cá pra nós, eu nem acho que eu estou perdendo nada, sabia?!! Pois eu prefifo fingir que estou feliz e sorrir, atrair felicidade e sorrisos. Brincar, pular, correr, ser menos responsável, mais inconsequente e de repente realmente acreditar que sou feliz, do que mostrar que estou triste, atrair o dó dos outros e causar uma aura negativa ao meu redor. Prefiro, de verdade, ser feliz, nem que seja de mentirinha, pois um dia, vai deixar de ser mentira e vai passar a ser a minha maior verdade.
Então, hoje, prefiro fingir que estou feliz, mesmo estando um caco por dentro, até porque ninguém vai me fazer nenhum raio-x né?! Então, a minha palavra é a que conta. Se eu disser que estou feliz e minhas atitudes, minha voz, minha face, mostrar que estou feliz, os outros tem de acreditar.
Agora meu medo é verem o abismo em meus olhos quando perdem o foco e deixam de atuar. Quando ninguém está olhando eles ardem, queimam, e mostram tudo o que sinto, a verdadeira face do meu eu. Pois muitas vezes, sempre quando eu tenho que rir, parece que vou começar a chorar.


Maaaas, hoje, ninguém me conhece a esse ponto. E acho que isso é bom. Todos acreditam no meu teatro! rsrsrs Que tolice! Mas é a verdade. Minha palavra é a única que conta. Que bom!!! Ninguém precisa sofrer comigo. E sei que um dia isso vai passar. Sei que já faz tempo que me digo a mesma coisa, mas é a verdade. O tempo cura todos os males.

"Estou aqui tentando olhar no espelho e ver o rosto de alguém feliz (Há tempo não sei o que é isso de verdade). Finjo ser o que não sou. Mas tudo acabou!! No fundo eu estou. Me sentindo triste, tão sozinha. Tento me esconder. Será que alguém me vê?... (Tenho medo que descubram minha farsa, descubram que eu não sou nem a sombra da pessoa feliz que eu mostro ser. Tenho medo de ver isso também.) Bem atrás da máscara que eu criei há um coração em dor cansado de sofrer, fingir, mostrar o que não é. O que aconteceu com os meus sonhos? (Há tempos não sei o que é isso e temo tê-los novamente. Não quero que se frustrem, como sempre acontece.)... Quem realmente eu sou? (Eu acho que me perdi de mim mesma. Não sei realmente o que me motiva a ir adiante, não tenho propósito algum, eu me perdi e minha inocência foi junto. Estou trilhando um caminho sem volta. Minha luta agora não é mais para recuperar o que eu fui, sim, para descobrir no que me tornei e me acostumar comigo mesma.)"
It's real? It's ME?
Eu digo:
A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou...
Mas já faz algum tempo...
Mas eu não tenho pressa...



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